Biodiversidade.
Espécies
Espécies
A lontra é um meso-carnívoro que habita em diferentes meios aquáticos, cujo peso varia entre 7 e 9 kg. O seu corpo fusiforme está perfeitamente adaptado à vida na água, possuindo características que lhe permitem deslocar-se e alimentar-se de forma muito eficiente em zonas húmidas. As estruturas que mais evidenciam esta adaptação são as membranas interdigitais que unem os dedos das patas, as orelhas e as fossas nasais valvulares que retrarem quando estão submersas, o cristalino dos olhos que sofre uma distorção e permite uma visão perfeita debaixo de água e a pelagem impermeável. Em termos evolutivos é uma espécie essencialmente piscívora, mas generalista, pelo que a sua dieta inclui aves, micromamíferos, anfíbios e invertebrados. A introdução do lagostim-vermelho nos rios portugueses alterou os seus hábitos, sendo actualmente este invertebrado um recurso trófico básico.
O zimbro é uma árvore dióica, isto é, há exemplares femininos e masculinos. Esta espécie de conífera pode alcançar porte arbustivo ou arbóreo, sendo muito conhecido pelas suas bagas (as gálbulas) que possuem propriedades nutracêuticas, valorizadas desde os tempos antigos. Apesar do seu sabor adstringente, durante o Inverno fornecem alimento e nutrientes a muitas espécies de aves, período em que grande parte dos recursos tróficos estão ausentes. Em certas áreas é a espécie dominante, formando zimbrais; noutros locais, ocorre associado a outras espécies, como a azinheira (Quercus rotundifolia) ou o sobreiro (Quercus suber). Em Portugal a sua distribuição coincide com as áreas mais continentais, como o Nordeste Transmontano, estando por isso bastante adaptada a um clima rigoroso, com períodos invernais muito frios e períodos estivais muito quentes e secos.